Bolsonaro segue firme e forte

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Bolsonaro segue firme e forte

Se usarmos como critério a avaliação do presidente da República, a sociedade brasileira pode ser dividida em três grandes blocos. Grosso modo, identifica-se um terço dos eleitores achando o governo Bolsonaro ótimo ou bom, um terço considerando-o regular e um terço achando-o ruim ou péssimo. Pesquisa divulgada pelo Datafolha em dezembro do ano passado apontava mais ou menos isso: 30% de aprovação, 32% de regular e 36% de desaprovação.

Apesar das atitudes pouco recomendáveis de Bolsonaro no que diz respeito à condução da pandemia do coronavírus e a ocorrência de alguns panelaços de protesto contra presidente, a ideia de que a imagem presidencial foi desgastada não se ampara nos dados.

Um contingente expressivo de 34% concorda com a afirmação de Bolsonaro, segundo a qual “houve uma histeria em torno do coronavírus” e 27% aprovaram os cumprimentos do presidente aos populares que se manifestavam em apoio ao seu governo. Ou seja, mesmo tomando atitudes polêmicas no momento delicadíssimo que a sociedade está passando, o presidente segue firme na faixa dos 30% de aprovação.

Era de se esperar algo diferente. Poucas vezes vimos a sociedade brasileira tão solidária e aprovando as medidas drásticas como o confinamento, fechamento de fronteiras e cerceamento das atividades comerciais. As pessoas estão assustadas com o que pode acontecer na economia e existe uma consciência generalizada do perigo que a pandemia representa. Todos estão dispostos a dar sua parcela de contribuição e entendem que o momento exige responsabilidade. Mas Bolsonaro incita o confronto, faz o contrário do que a opinião pública acha que deveria fazer e mesmo assim não perde o apoio dos eleitores. Os dados da tabela abaixo mostram que sua situação até melhorou um pouco.

 

Quando se pergunta se o entrevistado “acha que Bolsonaro se comporta de forma adequada no cargo em relação ao coronavírus” (esse questionamento foi feito antes do pronunciamento em rede de rádio e TV de terça-feira, dia 24), a opinião pública se divide ao meio. São 47% os que veem atitudes predominantemente positivas e 46% os que enxergam atitudes majoritariamente negativas. Gostemos ou não do que o presidente faz e concordemos ou não com ele, a verdade é uma só: ele está longe de ter sofrido o abalo de imagem que se preconiza. É o que mostram os dados da pesquisa. Como alguém já disse, é recomendável que você tenha a sua opinião, mas é impossível que você tenha seu próprio fato.

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